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Aquilo que se diz / Aquilo que se ouve

  • Foto do escritor: TMS Terapia dos Movimentos Sistêmicos
    TMS Terapia dos Movimentos Sistêmicos
  • 18 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Aquilo que se diz e aquilo que se ouve

Aquilo que se diz e aquilo que se gostaria de dizer


Já parastes para pensar se aquilo que voce diz, realmente transmite a mensagem que você gostaria de comunicar?

Já parastes para pensar que aquilo que você ouve a seu respeito nem sempre corresponde à sua identidade?

Leia esse post e reflita conosco…


Você já chamou uma pessoa de burra/ tola/ ridícula/ […]por ter agido de forma inadequada ou errada? Ou até mesmo já chamou alguém de gênio/ fenômeno/ […] quando ele fez algo diferenciado, especial? Quando colocamos rótulos nas pessoas para descrever suas ações, podemos estar “condenando-as” a ocuparem esse lugar e serem identificadas por essas descrições. Nosso cérebro foi desenvolvido para sempre buscar o equilíbrio homeostático e assim, economizar energia para se manter vivo. E os rótulos, quando repetidos de forma contínua e sistemática, são facilmente absorvidos por ele. Com isso, há grande possibilidade de reduzirmos nossa percepção sobre essa pessoa.

Da mesma forma, a pessoa que usualmente se vê descrita por uma conduta, poderá correr o risco de incorporar essa descrição à sua auto percepção e descrição de si mesma. O rótulo “cola” na sua identidade. E fica condenada a ser “a tola, ridícula ” ou ser “o gênio“. Nesse contexto, como a “ridícula” poderá mostrar os seus aspectos valorosos? E como o “gênio” poderá mostrar a sua vulnerabilidade? Qualquer uma dessas descrições é uma sentença, que retira a possibilidade da pessoa ser livre para agir e ser vista de outras maneiras. Reduzir a identidade de uma pessoa a uma conduta, ainda que essa ocorra com mais frequência do que outras, é reduzir uma pessoa a algo que não a descreve em sua complexidade.

Essas situações, na grande maioria das vezes, ocorrem sem que as pessoas saibam dos efeitos que esse tipo de comunicação gera nos relacionamentos. Quando ocorre na infância e adolescência, esse tipo de comunicação formam crenças desadaptativas, como por exemplo: “não sou capaz”, ou “tenho que ser perfeito para ter valor”. Usualmente ocorre sem que os pais ou cuidadores tenham consciência e/ou intenção de provocar essa dor na criança.

Nos relacionamentos conjugais, esse tipo de comunicação provoca desconexão entre os cônjuges. Lembrem que a maior parte dos problemas relacionais tem origem na forma como comunicamos a nossa mensagem e decodificamos a mensagem da pessoa comunicante.

Por exemplo, quando o rótulo refere-se a aspectos considerados negativos, normalmente esse tipo de comunicação chega no outro como uma agressão. E se a intenção do emissor da mensagem, era alertar sobre a conduta, dificilmente essa comunicação será assertiva, pois agrediu a identidade da pessoa que a recebeu. E provavelmente, teremos aqui uma relação que ficará presa em um padrão recursivo de sofrimento.

Quando descrevemos a conduta e não a pessoa, deixamos espaços livres para novas percepções, para a complexidade surgir. Dizer que a conduta da pessoa não está correta é muito diferente do que dizer que a pessoa é errada. Desta forma, a escuta e reflexão daquele que ouve, pode acontecer. O diálogo e a negociação da mudança torna-se possível e provavelmente essa comunicação terá um desfecho saudável.

 
 
 

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